Ao formular uma barra proteica, é importante lembrar que a proteína, assim como outros nutrientes adicionados, pode ter impacto tanto no sabor quanto na textura. O recente aumento nos pedidos de formulação indulgente de barras observado pela Glanbia Nutritionals indica quão essencial é superar esses desafios de sabor e textura para atender às expectativas dos consumidores atualmente.
"Podemos conseguir uma barra que proporciona benefícios com um delicioso sabor de degustação", disse Michael Levine, Diretor de estratégia em produtos, Flavors, da Glanbia Nutritionals. "Indulgência e saúde não têm que ser mutuamente excludentes".
Todas as proteínas não são criadas da mesma forma
Escolhas de ingredientes, especialmente opções de proteínas, podem ajudar ou atrapalhar as marcas na hora de alcançar a formulação ideal de barra. Uma coisa a se considerar é a qualidade da proteína. Adolphson observa que as proteínas lácteas fornecem uma proteína completa de alta qualidade, ou que atinge um PDCAAS de 1,0.
A maioria das proteínas vegetais, incluindo a proteína de ervilha, requer a adição de outras proteínas para complementar seu conteúdo de aminoácidos e obter uma proteína completa. Muitas vezes, a mistura de proteínas vegetais pode influenciar a textura de uma barra, pois elas tendem a ser mais secas.
O tipo de proteína é uma consideração importante na formulação de uma barra de proteína. As proteínas lácteas e vegetais podem variar significativamente aqui, com as proteínas lácteas tendendo a ser suaves e as proteínas vegetais muitas vezes granulosas. Há até mesmo variação entre as proteínas lácteas, sendo a proteína do soro produzida em uma textura mais mastigável e mais densa que a do leite, de acordo com Adolphson.
Depois há o sabor. As proteínas vegetais têm aqui desafios adicionais devido às notas amargas, granuladas e gramíneas. "O aspecto de mascaramento de sabor em formulações à base de plantas é muito mais relevante", diz Brooke Rosenthal, gerente de estratégia de produto da Glanbia Nutritionals, Flavors. "Nas formulações à base de plantas, cientistas de aplicação e flavoristas trabalham juntos para otimizar o sistema completo".
Enquanto as proteínas à base de laticínios fornecem uma estrutura limpa, as formulações à base de plantas são uma estrutura melhor para sabores ousados. "As proteínas vegetais conferem seus próprios sabores inerentes, que muitas vezes podem ser um desafio", enfatiza Adolphson. "Na maioria das vezes, as marcas têm em mente sabores específicos, mas às vezes as proteínas podem ajudar a orientar o sabor".
Por exemplo, as proteínas de ervilha não são adequadas para sabores delicados como baunilha e amêndoa, mas podem funcionar bem com notas mais assertivas como canela ou chai. "Na maioria das vezes, podemos fazer barras que correspondem ao pedido do cliente", reconhece Adolphson, "mas também lhes damos opções que podem ser mais adequadas e deixamos que eles tomem a decisão".